Na primeira parte de sua nova série de micro-documentários sobre arquitetura e água, Ellis Woodman e uma equipe do Architectural Review (AR) colaboraram com arquitetos, empreendedores, urbanistas e pensadores para examinar as conexões latentes entre a infraestrutura aquática e nosso ambiente construído. Através de um passeio de barco por Londres, discutindo diversas ideias radicais que podem oferecer possibilidades de liberar o potencial do rio ao longo do caminho, o filme discute como podemos começar a moldar a relação da cidade contemporânea com suas vias aquáticas. Poderiam "parques flutuantes, casas anfíbios, praças públicas alagáveis, zonas úmidas ou novos canais fomentar relações mais significativas entre os cidadãos e as águas da cidade?"
A mudança climática apresenta uma necessidade urgente de repensar nossos rios e, em caso afirmativo, que desafios e oportunidades as vias aquáticas urbanas oferecem para isso? Ao passo que as cidades se tornam cada vez mais densas e a escassez de habitação atinge as populações urbanas mais pobres, poderiam as vias aquáticas se tornar mais que rotas de transporte e belas paisagens e impulsionar valores de propriedade? Ainda mais importante, como a potente e cambiante relação entre arquitetura e água afeta a cidade a a sociedade como um todo?
Este é o primeiro de uma série de três filmes que exploram a relação entre arquitetura e água que o AR compartilhará com o ArchDaily nas próximas semanas. A segunda parte, intitulada "Gentrification Machine", explorará se a água é uma força que liberará uma cidade cada vez mais inacessível, ou se ela será o combustível de uma tendência de gentrificação e deslocamento. O episódio final, intitulado "Water Park", questionará se um rio pode ou não se tornar mais que uma mera rota de transporte e uma bela paisagem. "Através da recreação, interação e ideias radicais como parques flutuantes, casas anfíbios e novas zonas úmidas, poderiam os rios se tornar uma parte viva da cidade?"
O AR também receberá uma série de debates na Old Royal Naval College de Londres. Saiba mais aqui.